Eu penso (também) assim:

Desejaremos, um dia, o que vivemos: realidade fugaz dos sentimentos,
cheios de paz, de gozo e amor insano!



2 de fevereiro de 2009

Fim de semana e o tal (des)amor!



O fim de semana foi de chuva, comemorações (churrasco, geladas, vinho, bolo e parabéns à você!), amigos e... (no fim da festa) filosofia.
Sabe aqueles amigos que a gente não vê todos os dias (porque não dá), mas basta uma ligação dizendo, vai rolar um tira gosto e gelada, aparecem todos, isso é que é bacana.
Um monte (minha irmã odeia essa palavra) de gente bacana, muitas novidades, sorrisos, problemas (cada um com os seus) e delícias existênciais... é óbvio que rolou papo cabeça, depois que todo mundo bebe, vira psicólogo, terapeuta, enfim, (rs), mas rolou também um monte de m..... e por isso foi bom.
No meio de tanto papo, de tanta revelação, uma amiga falou do caminho de volta... o caminho do desamor.
Segundo ela, foi apaixonada por uma pessoa que a largou no meio do nada. Ele pediu um tempo e pra ela restou processar o luto. Mas, parece que o cara está de volta, e não é esse o caminho de volta que a nossa amiga se refere.
Segundo Freud, quando a gente ama ou se apaixona, nós estamos nos apaixonando por uma imagem nossa refletida no outro (se eu tiver errada, please!). Transferimos pra essa imagem algo que falta na gente, mas que gostaríamos muito ser possuidor daquilo. Quando o eleito some da nossa vida, some essa imagem idealizada e por isso se estabelece o vazio e a dor. E, pra sair desse vazio, a amiga em questão, fez o tal caminho de volta, do desamor, devagar, voltando pra trás, des-amando, des-investindo tudo que foi investido naquela pessoa, naquela imagem, naqueles fragmentos daquele algúem que se foi. Mas nunca negou que houve amor, e que foi bom, que foi feliz, mas, que acabou.
Ela quis dizer com isso que, quando se escolhe o caminho da volta, do desamor, não existe mais retorno.
Não se fica mais no mesmo lugar a espera de algo ou de alguém.
Entramos num processo de des-investir de verdade.
Pra pessoa, que pediu tempo, o tempo é outro. Ele não sofreu as dores que ela sofreu, ele não teve que investir sua energia vital pra esquecer alguém, ele não passou pelas dores psíquicas do luto, da falta do ser amado, então pra ele parece que tudo ficou congelado no tempo, inclusive o afeto que ela sentia por ele.
Na minha (sincera e humilde) opinião, não é bem assim. Se pra ele, aqueles momentos ficaram congelados, pra ela houve catarse, transformação, transmutação, um verdadeiro combate à dor. Ninguém sai de um processo desses como entrou... ninguém. É como se ela tivesse ido adiante e ele meio que parado nas suas dúvidas.
Enfim, só sei que a minha amiga terminou o papo cabeça, fazendo quase uma súplica: Oh, Deus! me dê forças pra poder viver meu sadismo, porque o masoquismo eu já vivi e sei como é!".
Caimos na gargalhada.
E assim foi meu fim de semana, energizante, filosofal, com chuva, mas ensolarado (rs) e evolutivo. Agora é aproveitar o resto dos dias do ano todo, porque pra mim, o ano só começa depois do meu aniversário. E cá pra nós, o friozinho na barriga já começou.

12 comentários:

Anônimo disse...

Oi Crys! Morri de rir com seus comentários la no viagens...caramba! que massada! eu, dando uma de expert, cometo essa gafe (será que tá certo?)..rs..mas "broxa"...kkkk....acho que fiquei contaminado, ou será mesmo o ato falho?? Ah..sobre o seu post, não estou muito bem hoje pra comentar sobre desamar...deixe desaguar um pouco que eu já digo...beijo!!

Soninha disse...

Olá Crys...
Realmente, jamais seremos os mesmos depois de ter passado por qualquer situação emocional. A cada dia estamos diferentes. E, cada pessoa lida de formas diferentes com suas dores, com suas ausências, com seu emocional.
Mas, o bom e poder refletir e chegar a conclusão do que é realmente melhor para nós.
No caso de sua amiga, o reencontro foi com ela mesma e isso é que a ajudou a fazer a escolha.
Bem, desejo o melhor para sua amiga e o melhor para vc, amiguinha. Que este ano seja melhor e que vc encontre as melhores oportunidades para realizar todos os seus sonhos.
Excelente semana! Muita paz!
Beijosssssssssss

Anônimo disse...

Crys, pra começar deixa eu dizer: ficou bonitaço o seu blog, viu? Qto ao desamar, ninguém lehor que Barthes pra nos mosrar os passos em seu fabuloso Framentos de um discurso amoroso. Quem de nós já não passou por isso ou por quase isso! rs...
E que bom que estamos de volta, né?
Vamos em frente!!
Beijos

Beti Timm disse...

Crys,

O desamor é que nos torna fortes, intensas, nunca pela metade. Pq a partir da dor, revivemos nossos erros, nos tornamos mais humanas e mais vivas. Não há amor sem dor ou vice-versa, deve é existir a força pra levantar e recomeçar tudo novamente, mesmo sabendo que a dor nos espreita, mas só assim estaremos vivos.

Beijos

Anônimo disse...

Ai amiga´, essa tal emoção vive mexendo com o coração da gente... As vezes penso que não vou suportar, mas emfim, a vida é assim, repleta de amores e desamores....

Desculpe meu sumiço, meus filhos ainda estão de férias e o tempo fica 'corrido' demais!
Mas vim agradecer seu carinho e dizer que fico muito feliz qnd vejo que vc esteve em meu blog.
bjos e boa semana
Cláudia Pit

disse...

bom.. sei la.. mas penso tao diferente.. e ca entre nós nao sei se vc sabe mas faço parte de uma dessas profissoes ai citadas..rs
mas assim so é masoquista quem quer ser..pq na vida e o tempo todo fazemos escolhas e dai fica muito mais facil responsabilizar o outro.. Deus.. o governo.. etc por nossas escolhas.. diga-se de passagem pessoais e intransferiveis
mas entao...erro.. e eu repito mil vezes se preciso for.. ERRO querer que o outro seja a nossa imagem e semelhança
por isso ha tanta decepçao.. pq espelhamos como vc mesma escreveu no outro reflexo nosso e o outro "rélouuuu" aos mais desavisados de plantao nao é como nós.. tem vida propria.. sonhos proprios .. vontades proprias..e tem manias e tem defeitos.. e dai qdo tudo isso é mostrado (pq por mais que se queira esconder existem claros sinais expostos a quem quer que queira ver de como se é) e depois qdo nao da certo vira um chororo danado ...faz parte
mas agora so quem viveu tem historia pra contar.. so quem sofreu sabe avaliar e se compadecer da dor do outro.. nao viver pelo outro mas entender...
e crescer é isso ai.. dizem ate por ai que crescer é meio perigoso...
beijo enorme.. bom te ler..
fique na bençao do Gde Espirito..

Anônimo disse...

no rio o retorno é garantido: todo ônibus é circular

Zeca disse...

Crys,
que deliciosa festa de aniversário você teve! Feliz por você, deixo meus parabéns e votos de que todas as comemorações de aniversário em sua vida sejam regadas pela presença dos amigos queridos e, claro, de muitas geladas pra esquentar o clima. O que vier fará parte da festa, mesmo que seja falar sobre desamor...

Beijos.

Cecília disse...

Desamor...
Depois que desamei não fui a mesma, acho que fiquei mais ‘armada’ para os homens, mais desconfiada, bem mais receosa com quem se aproxima de mim...
Mas estou com vontade de amar de novo, mesmo com um medinho dentro de mim...

Tenha um ótimo final de semana!!!

Beijosssss

Anônimo disse...

Crys! Minha querida! Delícia passar o níver assim: entre amigos, comendo, bebendo, e, sobretudo, papeando!!!
E que papo-cabeça legal rolou! Sobre o amor e suas consequências, principalmente o "desamor".
Amei seu relato. Sobretudo seu senso de humor...rs
Beijos. Parabéns, de novo! E vamos para as nossas "trocas" blogueiras e amigáveis!
Dora

Anônimo disse...

Eu de novo...não é por acaso que meu blog tem esse Nome...ato falho, fantasias, decepções, sonhos, muitas coisas que nos burlam a atenção...eu não poderia mesmo ser cirurgião - talvez ainda não tenha resolvido meu "medo da castração" (afinal, qual instância: eu? um sujeito em mim? um tal de Outro?...alguém viu a minha analista por aí?). Hoje, um pouco mais sóbrio - tive um final de semana surreal, vivências do sublime ao nefasto, pude perceber a gafe que cometi: Pensei que vc me corrigia, que broxa seria com "ch", daí o meu comentário aqui no dia 02; se ainda resta alguma lucidez, ou seja, se eu estiver certo, penso agora estar colocando os pingos "is". De qualquer forma valei assim mesmo pelas risadas que dei..e por mais viagens que fiz...e continuo fazendo...e propósito de desamar, o desague continua..parece aquele rio da filosofia, aquele em que não se pode entrar duas vezes, o qual Crátilo radicalizou dizendo que não se pode entrar nem uma vez, e parou de falar saindo por aí "apontando" com o dedo em vez de "dizer" as coisas...sorte nossa, na era na net, em que não podemos muito falar com a voz, mas falamos com as palavras, não deixa de ser um "apontar", mas, sem o radicalismo cratiliano...estamos aqui para nos permitir trilhamentos, perdições, encontros, e muitas, muitas, viagens...nesmo momento em que completo um idade que não quero declarar, mas que me faz mudar de década, assustado com velocidade do tempo, quero agradecer a você por ser uma das poucas companheiras que tenho..sei que não sou muito presente, mas se há um coração pulsante estarei sempre presente com uma viagem a te convidar...um beijo enorme!!!

dácio jaegger disse...

Aniversário é tempo bom, de ser lembrado(a), festejado(a), mimado(a), a maior parte amigos, outros nem tantos, mas abraçam-nos e desejam saúde e felicidade.
Questões existenciais são tristes para quem as vive, com ou sem explicações ou definições de Freud- este bicho viveu a tanto tempo... O amor existe, não se discute. O desamor só acontece com quem ama. Aqui vale muito sua inteligência e seu humor. Beijos.